Nessa
semana ando com uma idéia fixa na cabeça, fotografia e tudo a que se relaciona
ao tema. Sou apaixonada por fotografia e
tenho fome de fotografar. Nada profissional, coisa amadora mesmo, mas mesmo
assim tudo que se refere a fotografia me interessa. Nessa semana descobri algo
que ainda não conhecia a lomografia e
suas máquinas espetaculares.
A lomografia é um fenômeno
fotográfico produzido por uma câmera analógica de alta sensibilidade, capaz de
registrar cor e movimento sem necessidade de flash e sem deformação. O
processo consiste na recepção contínua de luz que é feita através do sistema de
exposição. Outro efeito, dependendo do modelo e da lente, é o olho de peixe, no qual a fotografia
fica com uma moldura circular.
As lentes das máquinas LOMO são
de plástico e produzem efeitos artísticos, com efeitos nostálgicos, “imitando”
sonhos, fazendo com que objetos comuns ganhem encanto, detalhes que em outras
situações passariam despercebidos. Caracterizadas por misteriosas vinhetas,
sobreposições, vazamentos, grãos lo-fi (que é a simulação de um tipo quase
extinto da fotografia com equipamentos simples), borrões e um mágico equilíbrio
entre contraste e saturação. Isto é, imagens retrô.
O termo
lomografia surgiu no início da década de
90, ganhando o mundo e se tornando uma moda. Esse fenômeno se deu início na década de 80 na
ex União Soviética, pois foi lá que tudo começou quando o general russo Igor
Petrowitsch olhou certo dia uma pequena câmera fotográfica em sua mesa e ficou
fascinado com sua facilidade de uso, pequeno tamanho e qualidade técnica, a
máquina em questão era uma Cosina SX2 uma câmera japonesa.
Imediatamente ele pediu para a tradicional fábrica de equipamentos militares de lentes LOMO fazer uma versão soviética aperfeiçoada, mais barata com aprimoramentos em relação a concorrente japonesa. Ela acabou sendo batizada de LOMO LC-A.
Imediatamente ele pediu para a tradicional fábrica de equipamentos militares de lentes LOMO fazer uma versão soviética aperfeiçoada, mais barata com aprimoramentos em relação a concorrente japonesa. Ela acabou sendo batizada de LOMO LC-A.
Ela foi
muito popular na União Soviética, Korea do Norte e Cuba, mas com o tempo foi
sendo deixada de lado e esquecida com o passar dos anos, até que em 1991 dois
viajantes vienenses de férias em Praga perceberam que não haviam levado suas
câmeras para registrar seus momentos e entraram num mercado de pulgas e acharam
a LC-A uma máquina interessante e compraram sem muita pretensão.
Começaram
a fotografar de forma despretensiosa e quando chegaram em casa e revelaram os
filmes tiveram uma agradável e fascinante surpresa: cores trocadas,
super-expostas, foco ou desfoque nas imagens, vazamentos de luz, enfim todo
tipo de efeitos que na fotografia tradicional seriam considerados depreciativos
na lomografia são justamente o contrário, quanto mais inesperado os resultados
melhor será, é isso que os “lomógrafos” buscam, a experimentação e a surpresa
(que quase sempre é agradável).
Rapidamente
a lomomania tomou conta de muitos e começou a se espalhar por todo a cidade e
em 1995 surgiu a LSI - Lomographic Society Internatioal que tem o objetivo de
não deixar morrer a cultura de fotografia de filme e de divulgar e ajudar a fomentar
a lomografia por todo o mundo.
A mais
famosa de todas como não poderia deixar de ser é a LOMO LC-A que foi a
precursora de tudo, mas existe outras tão importantes quanto como a Holga, a
Supersampler, ActionSampler, Horizon, Diana, Lubitel, POP 9, Fisheye, Smena 8,
Smena 35. Todas e muito mais podem ser encontradas no site câmeras lomográficas . Não perca tempo de dê uma olhadinha.
A lista é grande e sempre ocorre lançamentos de novas
variações e produtos relacionados, isso faz com que a lomografia seja uma volta
ao passado mas com olhos no futuro; o comodismo não faz parte dessa tribo, pelo
contrário a descoberta é o que se busca sempre.
A ideia básica da Lomografia –
seja rápido, não pense, não tenha preconceitos em relação ao teu ambiente,
absorve tudo, seleciona e divirta-se.
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