Para compreender como alguém lê, é necessário saber como são os seus olhos e qual é a sua visão do mundo em que vive. Cada um lê com os olhos que tem.
A cabeça pensa a partir do contexto em que está vivendo no momento.
Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Como esse alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte, como trabalha com as desilusões da vida e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
Sendo assim, fica evidente que cada leitor é único. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.
Com estes pressupostos hoje vou contar a história de uma águia, criada como galinha. Essa história é uma metáfora da condição humana. Cada um lerá e relerá conforme forem seus olhos. Compreenderá e interpretará conforme for o chão que seus pés pisam.
Desejo que a águia sepultada dentro de você hoje desperte e voe, ganhando altura e ampliando seus horizontes.
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